RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EM NEISSERIA GONORRHOEAE – PASSADO, PRESENTE E FUTURO

  • Ermelindo Tavares Interno do Internato Complementar de Dermatologia e Venereologia/Resident Dermatology and Venereology, Hospital Distrital de Santarém EPE, Santarém, Portugal
  • Cândida Fernandes Assistente Graduada de Dermatologia e Venereologia/Graduated Consultant of Dermatology and Venereology, Consulta de Doenças Sexualmente Transmissíveis/STDs Clinic, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa, Portugal
  • Maria José Borrego Coordenadora do Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis/Coordinator of the National Laboratory of Sexual Transmitted Infections, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Lisboa, Portugal
  • Ana Rodrigues Assistente Graduada de Dermatologia e Venereologia/Graduated Consultant of Dermatology and Venereology, Consulta de Doenças Sexualmente Transmissíveis/STDs Clinic, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa, Portugal
  • Jorge Cardoso Diretor do Serviço de Dermatologia e Venereologia/Director of the Dermatology and Venereology Department, Hospital de Curry Cabral, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa, Portugal

Resumo

Introdução: A resistência aos antibióticos em Neisseria gonorrhoeae tem-se revelado um importante problema de saúde pública mundial, estando a levantar grandes dificuldades em termos de opções terapêuticas em alguns países. Objectivo: Rever o panorama (nacional e internacional) da resistência aos antibióticos em Neisseria gonorrhoeae. Material e Métodos: Pesquisa de artigos em revistas nacionais e internacionais (estas últimas com in- dexação na Pubmed/Medline e redigidas em inglês). Utilizaram-se como palavras-chave: “Neisseria gonorrhoeae antibiotic resistance”. Resultados: As cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxone e cefixima), associadas ou não à azitromicina, substituíram as fluoroquinolonas como fármacos de primeira linha no tratamento da gonorreia. Os rela- tos de resistência às cefalosporinas são ainda relativamente escassos; contudo, o aumento da concentração inibitória mínima (CIM), traduzido pela diminuição da sensibilidade a esta classe de antibióticos, tem vindo a ser regularmente descrita. Por outro lado, a resistência à azitromicina foi relatada em vários países. Em Portugal, já foram reportados casos de Neisseria gonorrhoeae resistentes à azitromicina mas não às cefalosporinas. Porém, estirpes com diminuição da sensibilidade às cefalosporinas foram já detetadas. Conclusão: Novas alternativas terapêuticas são indispensáveis para o tratamento das infeções por Neisseria gonorrhoeae, bem como condutas adequadas por parte dos médicos e dos doentes e seus contactantes.

PALAVRAS-CHAVE – Antibióticos; Resistência antibiótica; Neisseria gonorrhoeae; Guideline. 

Downloads

Não há dados estatísticos.
Publicado
2013-04-20
Como Citar
Tavares, E., Fernandes, C., Borrego, M. J., Rodrigues, A., & Cardoso, J. (2013). RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS EM NEISSERIA GONORRHOEAE – PASSADO, PRESENTE E FUTURO. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 70(4), 483-493. https://doi.org/10.29021/spdv.70.4.102
Secção
Grupo para o Estudo e Investigação das Doenças Sexualmente Transmissíveis (GEIDST)