Escleroterapia no Tratamento de Malformações Glomuvenosas Cutâneas Disseminadas Familiares: Relato de Caso
Resumo
As malformações glomuvenosas manifestam-se geralmente sob a forma de pápulas, placas ou nódulos azul-violáceos, dérmicos ou subcutâneos, e podem ser esporádicas ou hereditárias. Apresentamos o caso de uma mulher de 41 anos, referenciada para avaliação de um quadro de lesões cutâneas disseminadas, azuladas, com evolução desde a puberdade. O exame histopatológico foi compatível com o diagnóstico de malformações glomuvenosas. A história familiar de uma irmã com lesões semelhantes motivou
o estudo genético do gene da glomulina na nossa doente, que revelou uma variante patogénica e possibilitou o diagnóstico de malformações glomuvenosas cutâneas disseminadas familiares. Malformações glomuvenosas únicas ou escassas, sintomáticas, são frequentemente submetidas a excisão cirúrgica, enquanto que outras modalidades terapêuticas têm sido reportadas no tratamento de lesões múltiplas, com resultados variáveis. A doente foi submetida a escleroterapia com polidocanol, resultando em melhorias
sintomática e cosmética muito significativas após seis sessões, sem efeitos adversos e sem recorrência aos 6 meses.
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