VARIANTES RARAS DE MELANOMA MALIGNO – UM DESAFIO CLÍNICO E HISTOPATOLÓGICO

  • Joana Parente Interna do Internato Complementar de Dermatovenereologia, Serviço de Dermatologia/Resident of Dermatology and Venereology, Department of Dermatology and Venereology, Hospital Distrital de Santarém EPE, Santarém, Portugal
  • Joana Gomes Interna do Internato Complementar de Dermatovenereologia, Serviço de Dermatologia/Resident of Dermatology and Venereology, Department of Dermatology and Venereolog, Hospital Escala Braga, Braga, Portugal
  • Isabel Viana Assistente Hospitalar Graduada, Laboratório de Dermatopatologia/ Graduate Assistant of Dermatology and Venereology, Centro de Dermatologia Médico-Cirúrgica de Lisboa, Portugal
  • Esmeralda Alves Esmeralda Vale, Assistente Hospitalar Graduada Sénior, Laboratório de Dermatopatologia / Dermatologist and Dermatopathologist, Graduate Assistant of Dermatology and Venereology, Head of the Dermatological Center, Centro de Dermatologia Médico-Cirúrgica de Lisboa, Portugal

Resumo

Introdução: O melanoma maligno pode apresentar uma grande variedade de padrões histopatológicos. Além das formas clássicas de melanoma estão descritas diversas variantes histopatológicas mais raras, tais como polipóide, verrucoso, desmoplásico, mixóide, condróide, de células balonizantes, rabdóide, tipo animal, amelanótico, spitzóide e nevóide. Este trabalho teve como objectivo a caracterização das variantes histopatológicas raras de melanoma maligno observadas no Laboratório de Dermatopatologia do Centro de Dermatologia Médico-Cirúrgica de Lisboa num período de 15 anos (1995-2009).

Material e Métodos: Foram registadas as seguintes variáveis: idade e sexo do doente, diagnóstico clínico, localização, espessura e nível de Clark do melanoma, presença de ulceração e follow-up. As variantes foram agrupadas segundo alterações dos padrões de arquitectura, características citológicas e alterações do estroma.

Resultados: Foram observadas 87 variantes raras de melanoma, correspondendo a 6,5% do total de melanomas. Verificámos predominância de mulheres no melanoma spitzóide e de homens no melanoma tipo animal. Registámos algumas localizações preferenciais: face no melanoma tipo animal, tronco no melanoma polipóide, membros no melanoma verrucoso e subungueal no melanoma condróide. Identificámos ulceração em 73% dos melanomas polipóides, em 60% dos melanomas verrucosos e em 50 % dos melanomas amelanóticos. Uma taxa de mortalidade mais elevada foi documentada na variante mista polipóide/tipo animal e nos melanomas desmoplásico, polipóide e tipo animal.

Conclusões: O reconhecimento destas variantes é importante, não só pelo desafio clínico e histopatológico no diagnóstico diferencial com outros tumores cutâneos, mas também pela possível implicação, de algumas destas variantes com comportamento biológico peculiar, no prognóstico.

PALAVRAS-CHAVE – Melanoma; Neoplasias da Pele.

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Publicado
2013-01-17
Como Citar
Parente, J., Gomes, J., Viana, I., & Alves, E. (2013). VARIANTES RARAS DE MELANOMA MALIGNO – UM DESAFIO CLÍNICO E HISTOPATOLÓGICO. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 70(2), 195. https://doi.org/10.29021/spdv.70.2.26
Secção
Artigos Originais