ALERGIA A FÁRMACOS COM MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS - ABORDAGEM DIAGNÓSTICA

  • João Antunes Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia - Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Susana Brás Serviço de Dermatologia e Venereologia - Hospital de Curry Cabral - Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Sara Prates Serviço de Imunoalergologia - Hospital de Dona Estefânia - Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Cristina Amaro Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral - Centro Hospitalar de Lisboa Central
  • Paula Leiria-Pinto Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia - Centro Hospitalar de Lisboa Central

Resumo

As reacções adversas a fármacos (RAF) representam um problema frequente na prática clínica. A alergia a fármacos resulta de mecanismos de hipersensibilidade imunológica e representa 6-10% do total de RAF. Clinica- mente, as reacções alérgicas a fármacos podem ser classificadas como imediatas (tipo I) ou não-imediatas (com manifestações clínicas diversas e associadas sobretudo a reacções de tipo IV). Neste artigo são abordados aspectos gerais, nomeadamente os mecanismos imunopatogénicos implicados na alergia a fármacos e reactividade cruzada mas também as manifestações cutâneas mais relevantes, nomeadamente exantemas máculo-papulares, eritema fixo a fármacos (EFF), pustulose exantemática aguda generalizada (PEAG), síndrome de hipersensibilidade a fármacos (DRESS – drug rash with eosinophilia and systemic symptoms), síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica (SSJ/NET). O papel dos testes cutâneos (epicutâneos ou intradérmicos de leitura tardia) na abordagem de reacções não-imediatas é também revisto. Os beta-lactâmicos (BL) são o grupo farmacológico mais frequentemente envolvido em reacções de hipersensibilidade imunológica e que mais dificuldades coloca na prática clínica diária, nomeadamente devido aos riscos de reactividade cruzada, pelo que é analisado em maior detalhe ao longo da revisão. A indução de tolerância a fármacos poderá ser considerada em casos selecionados, sobretudo quando na ausência de alternativas terapêuticas igualmente eficazes ou seguras.

PALAVRAS-CHAVE – Hipersensibilidade a fármacos; Beta-Lactâmicos; Reactividade cruzada; Testes cutâneos.

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Biografias Autor

João Antunes, Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia - Centro Hospitalar de Lisboa Central
Interno de Imunoalergologia/Resident Immunoallergology, Serviço de Imunoalergologia/Department of Immunoallergology, Hospital de Dona Estefânia - Centro Hospitalar de Lisboa Central
Susana Brás, Serviço de Dermatologia e Venereologia - Hospital de Curry Cabral - Centro Hospitalar de Lisboa Central
Interna de Dermatologia e Venereologia, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral - Centro Hospitalar de Lisboa Central
Sara Prates, Serviço de Imunoalergologia - Hospital de Dona Estefânia - Centro Hospitalar de Lisboa Central
Assistente Hospitalar de Imunoalergologia, Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia - Centro Hospitalar de Lisboa Central
Cristina Amaro, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral - Centro Hospitalar de Lisboa Central
Assistente Hospitalar de Dermatologia e Venereologia, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral - Centro Hospitalar de Lisboa Central
Paula Leiria-Pinto, Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia - Centro Hospitalar de Lisboa Central
Directora do Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia - Centro Hospitalar de Lisboa Central
Publicado
2013-01-13
Como Citar
Antunes, J., Brás, S., Prates, S., Amaro, C., & Leiria-Pinto, P. (2013). ALERGIA A FÁRMACOS COM MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS - ABORDAGEM DIAGNÓSTICA. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 70(3), 277. https://doi.org/10.29021/spdv.70.3.3
Secção
Educação Médica Contínua