INFECÇÃO CUTÂNEA POR SCEDOSPORIUM APIOSPERMUM NUM DOENTE IMUNOCOMPROMETIDO TRATADO EFICAZMENTE COM VORICONAZOL

  • Ana Isabel Gouveia Interna da Formação Específica em Dermatovenereologia/Resident, Dermatology and Venereology Clínica Universitária de Dermatologia, Hospital de Santa Maria, Lisboa
  • Leonor Lopes Interna da Formação Específica em Dermatovenereologia/Resident, Dermatology and Venereology Clínica Universitária de Dermatologia, Hospital de Santa Maria, Lisboa
  • M. Gomes Serviço de Medicina I B, Hospital de Santa Maria, Lisboa
  • Luís Soares de Almeida Professor Doutor do Serviço de Dermatologia e Venereologia/Professor of Dermatology and Venereology, Clínica Universitária de Dermatologia, Hospital de Santa Maria, Lisboa; Instituto de Medicina Molecular, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Serviço de Dermatovenereologia, Centro Hospitalar de Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
  • Paulo Filipe Professor Doutor do Serviço de Dermatologia e Venereologia/Professor of Dermatology and Venereology, Clínica Universitária de Dermatologia, Hospital de Santa Maria, Lisboa; Instituto de Medicina Molecular, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Serviço de Dermatovenereologia, Centro Hospitalar de Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal
Palavras-chave: Antifúngicos, Doenças infecciosas da pele, Infecções oportunistas, Scedosporium

Resumo

Durante as últimas décadas, a incidência de infecções fúngicas oportunistas tem vindo a aumentar, nomeadamente no contexto de imunossupressão. O Scedosporium apiospermum é um fungo filamentoso ubiquitário no solo, vegetação em decomposição, esgotos e em águas poluídas. Pode originar infecções em doentes imunocompetentes após trauma e infecções graves e, potencialmente fatais em doentes imunocomprometidos. Descrevemos um caso de uma infecção por S. apiospermum no dorso do pé esquerdo de um doente sob corticoterapia sistémica prolongada em combinação com metotrexato devido ao diagnóstico de arterite de células gigantes. O tratamento destas infecções pode ser um desafio devido à inerente resistência a muitos dos antifúngicos sistémico disponíveis, incluindo a anfotericina B. No caso descrito, foi realizada terapêutica com voriconazol, com resolução completa das lesões.

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Referências

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Publicado
2015-04-13
Como Citar
Gouveia, A. I., Lopes, L., Gomes, M., Soares de Almeida, L., & Filipe, P. (2015). INFECÇÃO CUTÂNEA POR SCEDOSPORIUM APIOSPERMUM NUM DOENTE IMUNOCOMPROMETIDO TRATADO EFICAZMENTE COM VORICONAZOL. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 72(4), 579-582. https://doi.org/10.29021/spdv.72.4.332
Secção
Casos Clínicos