USO DE GLICOCORTICOIDES EM CASOS DE SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON E NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA NO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - MARÇO DE 2007 A AGOSTO DE 2014

  • Mariana Palazzo Carpena Médica Endocrinologista, preceptora da Residência de Medicina Interna/Specialist in Endocrinology and Responsible for the Residency in Internal Medicine, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
  • Bruna Maggioni Bussetti Médica Especialista em Medicina Interna/Specialist in Internal Medicine, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
  • Camila Britto Rodrigues Médica Especialista em Medicina Interna/Specialist in Internal Medicine, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
  • Lílian Moraes Ferreira Médica Especialista em Medicina Interna/Specialist in Internal Medicine, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
  • Paola Cavalheiro Herbstrith Médica Especialista em Medicina Interna/Specialist in Internal Medicine, Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Palavras-chave: Brasil, Síndrome de Stevens-Johnson, Necrólise epidérmica tóxica, Glicocorticoides

Resumo

Introdução: A síndrome de Stevens-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica (NET) são reações cutâneas severas, associadas a lesões mucosas e comprometimento sistêmico. Os glicocorticoides foram empregues por muitos anos no tratamento da síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica, mas não há evidências que sustentem esta conduta.

Objetivo: Avaliação da mortalidade em casos de síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica em um grupo de pacientes que fez uso de glicocorticoides sistêmico e em outro grupo não fez uso.

Objetivo secundário: Descrição da população estudada; avaliação de infecção secundária e complicações extra-cutâneas nos dois grupos de pacientes.

Material e Métodos: Coorte retrospectiva de pacientes avaliados por meio de consultorias solicitadas ao Serviço de Dermatologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição, bem como pelo diagnóstico na internação ou óbito, durante o período de Março de 2007 a Agosto de 2014.

Resultados: Mortalidade foi de 63.2% no grupo que usou corticoide e 9,1% no grupo que não usou corticoide, com p valor de 0,005 (IC 95% 1.79-163.8). Análise multivariada ajustada pelo SCORTEN demonstrou apenas uma tendência, com odds ratio para mortalidade no grupo de pacientes que usou glicocorticoides sendo de 7.38 (IC 95% 0.87-161.43) e p valor de 0.06.

Conclusão: Este estudo sugere uma tendência de malefício relacionado ao uso de glicocorticoides para o tratamento dessas doenças, principalmente no que diz respeito à mortalidade.

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Publicado
2015-07-01
Como Citar
Palazzo Carpena, M., Maggioni Bussetti, B., Britto Rodrigues, C., Moraes Ferreira, L., & Cavalheiro Herbstrith, P. (2015). USO DE GLICOCORTICOIDES EM CASOS DE SÍNDROME DE STEVENS-JOHNSON E NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA NO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - MARÇO DE 2007 A AGOSTO DE 2014. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 73(2), 247-252. https://doi.org/10.29021/spdv.73.2.371
Secção
Artigos Originais