ESTUDO DA HIPERSENSIBILIDADE A AINES E TESTE DE ATIVAÇÃO DE BASÓFILOS

  • Jorge Viana Assistente de Imunoalergologia/Consultant, Immunology and Allergology, Serviço de Imunoalergologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Sofia Vale Pereira Investigadora do Instituto de Patologia Geral/Investigator atf the Institute of General Pathology, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra
  • Carlos Loureiro Assistente Hospitalar Graduado/Graduated Consultant, Serviço de Imunoalergologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Anabela Mota Pinto Professora Catedrática de Fisiopatologia/Professor of Physiopathology, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; Diretora do Instituto de Patologia Geral/Head of the Institute of General Pathology, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra
  • Ana Todo-Bom Diretora de Serviço/Head of the Department, Serviço de Imunoalergologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Coimbra, Portugal
Palavras-chave: Anti-inflamatórios não esteroides, efeitos adversos, Teste de desgranulação de basófilos, Hipersensibilidade a fármacos, diagnóstico, Urticária, complicações, Teste de provocação a fármacos

Resumo

Introdução: A alergia a anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) está frequentemente associada a reações de hipersensibilidade graves e de difícil diagnóstico. O teste de ativação de basófilos, com citometria de fluxo Flow2cast (BAT), surge como um teste in vitro promissor para identificação de reações de hipersensibilidade a estes fármacos mas com limitações.

Caso Clínico: Jovem do sexo masculino, com urticária crónica desde a infância, apresentava episódios de agravamento da urticária com angioedema imediatamente após ingestão de AINEs. Último episódio ocorrera há mais de um ano após acetilsalicilato de lisina. Primeiro BAT diagnóstico com ácido acetilsalicílico (AAS) foi inconclusivo. Prova de provocação oral (PPO) com celecoxib negativa. PPO com AAS 700mg desencadeou anafilaxia às 3 horas, com hipoxémia e triptase sérica de 27.1μg/L. Repetição de BAT demonstrou expressivo aumento da ativação basal e após incubação com AAS.

Discussão: Este caso enquadra-se na indicação atual do BAT na hipersensibilidade a AINEs: resultados negativos não evitam PPO a AINEs. Contudo a proximidade temporal da última reação ao BAT aparenta influenciar os resultados.

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Publicado
2015-07-01
Como Citar
Viana, J., Vale Pereira, S., Loureiro, C., Mota Pinto, A., & Todo-Bom, A. (2015). ESTUDO DA HIPERSENSIBILIDADE A AINES E TESTE DE ATIVAÇÃO DE BASÓFILOS. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 73(2), 293-298. https://doi.org/10.29021/spdv.73.2.380
Secção
Casos Clínicos