HIPERSENSIBILIDADE RETARDADA A HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR – QUE ALTERNATIVA À ANTICOAGULAÇÃO?
Resumo
Um doente de 75 anos de idade, obeso, realizou terapêutica anticoagulante por trombose venosa profunda (TVP) do membro inferior: heparina clássica endovenosa durante 3 dias e dalteparina subcutânea durante 10 dias. Três dias depois do término do tratamento o doente é observado por placas eczematiformes nos locais de administração da heparina de baixo peso molecular (HBPM). Os testes epicutâneos, prick, intradérmicos e subcutâneos realizados se- quencialmente com várias HBPM e fondaparinux foram negativos nas leituras imediatas e às 48h. Às 72 horas sugiram lesões eczematiformes nos testes intradérmicos e subcutâneos à enoxaparina, fraxiparina e dalteparina, confirmando o diagnóstico de hipersensibilidade retardada a HBPM. Os testes com o fondaparinux foram negativos, considerando-o uma alternativa anticoagulante segura. Os testes epicutâneos revelaram discreta reacção em D7 apenas à dalteparina e fraxiparina. Os testes de alergia, sobretudo os intradérmicos, com várias heparinas e heparinóides são essenciais para confirmar o diagnóstico e identificar alternativas seguras em caso de necessidade de anticoagulação futura, como neste doente com factores de risco para TVP.
PALAVRAS-CHAVE – Anticoagulantes; Hipersensibilidade Retardada; Heparinas de baixo peso molecular; Erupções Cutâneas; Testes Cutâneos.
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