TRATAMENTO CIRÚRGICO DO SINUS PILONIDALIS SACROCOCCÍGEO COM RETALHO ROMBOIDE DE LIMBERG - REVISÃO DE 55 CASOS

  • Ana Marta António Interno da Formação Específica em Dermatovenereologia/Resident Dermatology and Venereology, Serviço de Dermatovenereologia, Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal
  • João Alves Interno da Formação Específica em Dermatovenereologia/Resident Dermatology and Venereology, Serviço de Dermatovenereologia, Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal
  • João Goulão Assistente Hospitalar de Dermatovenereologia/Consultant Dermatology and Venereology, Serviço de Dermatovenereologia, Hospital Garcia de Orta, Almada, Portugal; Assistente Hospitalar de Dermatovenereologia/Consultant Dermatology and Venereology, Hospital da Luz, Portugal
Palavras-chave: Retalhos Cirúrgicos, Seio Pilonidal/cirurgia

Resumo

Introdução: O tratamento do sinus pilonidalis sacrococcígeo representa um desafio cirúrgico, não existindo terapêutica “gold stantard” definida. A excisão e reconstrução com retalho romboide de Limberg representa uma alternativa aos métodos clássicos com recuperação mais rápida, menor taxa de complicações e recidiva.

Material e Métodos: Realizou-se uma análise retrospetiva dos sinus pilonidalis sacrococcígeos operados pelo retalho de Limberg entre 2007 e 2014 em dois centros, através da consulta dos processos clínicos e do contacto telefónico com os doentes. Avaliaram-se variáveis demográficas, técnica cirúrgica, complicações, tempo de recuperação e recidiva.

Resultados: Foram operados 55 doentes, com uma média de idades de 28 anos e preponderância masculina (82%). Em 48 doentes (87%) foi utilizado o retalho de Limberg clássico e nos restantes (13%) o retalho de Limberg lateralizado. Em média a sutura foi removida ao 14º dia e os doentes regressaram ao trabalho ao 15º dia pós-operatório. Verificou-se infeção da ferida operatória em 4 doentes e recidiva também em 4 doentes. A taxa de complicações foi maior nos doentes operados pelo retalho lateralizado ocorrendo em 57% destes doentes. As recidivas surgiram em doentes operados pelo retalho de Limberg clássico em média 2,5 anos após a cirurgia.

Discussão e Conclusões: Esta técnica tem vantagens relativamente à excisão com encerramento direto ou marsupialização, tendo menor taxa de recidiva e complicações. Contrariamente ao publicado na literatura verificou-se maior taxa de complicações imediatas no retalho lateralizado. Pelas suas vantagens, o retalho de Limberg assume papel de destaque no tratamento do sinus pilonidalis numa população jovem e ativa.

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Publicado
2016-01-28
Como Citar
António, A. M., Alves, J., & Goulão, J. (2016). TRATAMENTO CIRÚRGICO DO SINUS PILONIDALIS SACROCOCCÍGEO COM RETALHO ROMBOIDE DE LIMBERG - REVISÃO DE 55 CASOS. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 73(4), 459-464. https://doi.org/10.29021/spdv.73.4.487
Secção
Dermatologia Cirúrgica

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