CONHECIMENTO SOBRE CANCRO DE PELE E HÁBITOS DE FOTOPROTEÇÃO EM TRANSPLANTADOS: ESTUDO DESCRITIVO DE 127 DOENTES COM TRANSPLANTE RENAL

  • João Borges-Costa Clínica Universitária Dermatológica de Lisboa
  • Ana Rita Travassos Clínica Universitária Dermatológica de Lisboa
  • Pedro Vasconcelos Clínica Universitária Dermatológica de Lisboa
  • José Guerra Unidade de Transplantação, Serviço de Nefrologia do Hospital de Santa Maria, Lisboa
  • Alice Santana Unidade de Transplantação, Serviço de Nefrologia do Hospital de Santa Maria, Lisboa
  • André Weigert Serviço de Nefrologia, Hospital de Santa Cruz, Lisboa, Portugal
  • Manuel Sacramento Marques Clínica Universitária Dermatológica de Lisboa

Resumo

Introdução: Os doentes transplantados têm maior risco de neoplasias cutâneas e a exposição à radiação ultravioleta é o maior fator de risco. Os objetivos deste estudo foram averiguar as medidas de fotoproteção utiliza- das e o conhecimento sobre o maior risco de cancro cutâneo.

Material e métodos: estudo descritivo dos doentes referenciados à nossa consulta de Dermatologia para transplantados, observados pela primeira vez no período de Julho de 2010 a Dezembro de 2011. Os dados foram obtidos através de inquérito e os dados analisados com nível de significância de 5%.

Resultados: 127 doentes foram incluídos no estudo, 67% dos quais do sexo masculino e a média de idades foi 53 anos (s= 12,98). O número médio de anos de escolaridade foi 8 (s=4,7). O conhecimento do maior risco de cancro cutâneo em transplantados estava presente em 70% dos doentes e o uso regular de protetor solar foi referido por 22%. A observação por dermatologista no primeiro ano após o transplante foi reportada por 8%. Na análise estatística, o conhecimento sobre o risco aumentado de neoplasias cutâneas esteve significativamente associado a maior número de anos de escolaridade e ter sido observado por dermatologista após o transplante. O uso de protetor solar esteve significativamente associado ao sexo feminino e a história prévia de cancro de pele.

Conclusões: os doentes transplantados são raramente observados por dermatologista após o transplante e as medi- das de fotoproteção são referidas por apenas uma minoria. Estes doentes beneficiam de uma observação dermato- lógica regular após o transplante em consultas especializadas.

PALAVRAS-CHAVE – Fotoproteção; Transplantação renal; Neoplasias da pele.

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Publicado
2013-01-13
Como Citar
Borges-Costa, J., Travassos, A. R., Vasconcelos, P., Guerra, J., Santana, A., Weigert, A., & Marques, M. S. (2013). CONHECIMENTO SOBRE CANCRO DE PELE E HÁBITOS DE FOTOPROTEÇÃO EM TRANSPLANTADOS: ESTUDO DESCRITIVO DE 127 DOENTES COM TRANSPLANTE RENAL. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 70(3), 313. https://doi.org/10.29021/spdv.70.3.6
Secção
Artigos Originais