Sarna Crostosa em Doente com Infecção VIH

  • Diva Trigo Médica interna de formação específica em Infecciologia/Resident of Infectiology, Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca. Amadora, Portugal
  • Ana Pina Médica interna de formação específica em Dermatologia e Venereologia/Resident of Dermatology and Venereology, Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Lisboa, Portugal
  • Maria João Lopes Médica interna de formação específica em Infecciologia/Resident of Infectiology, Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca. Amadora, Portugal
  • Patrícia Pacheco Directora de Serviço de Infecciologia/ Head of Department of Infectiology, Assistente Hospitalar Graduada de Infecciologia/ Consultant Chief of Infectiology, Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, Amadora, Portugal
  • Luís Soares de Almeida Assistente Hospitalar de Dermatologia e Venereologia/Consultant Chief of Dermatology and Venereology, Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Professor Auxiliar Convidado de Dermatologia e Venereologia/Professor of Dermatology and Venereology, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal
  • João Borges da Costa Assistente Hospitalar de Dermatologia e Venereologia/Consultant of Dermatology and Venereology, Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Professor Auxiliar Convidado de Dermatologia e Venereologia/Professor of Dermatology and Venereology, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e Professor Auxiliar Convidado de Microbiologia/Professor of Microbiology, Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa, Lisboa, Portugal
Palavras-chave: Infecções por VIH/complicações, Sarna, Sarcoptes scabiei.

Resumo

A infecção pelo VIH predispõe à ocorrência de múltiplas dermatoses que se manifestam frequentemente de forma atípica. Reporta-se o caso de um homem com 57 anos e imunossupressão grave no contexto de infecção pelo VIH que desenvolveu dermatose pruriginosa disseminada aquando de internamento hospitalar prolongado. Tendo por base as características do doente, as queixas e a distribuição corporal das lesões, e apesar de não existirem lesões típicas nem contexto epidemiológico sugestivo, foi admitido o diagnóstico de escabiose, com realização de biópsias cutâneas e dois ciclos de tratamento com benzoato de benzilo, apenas com melhoria transitória. Na repetição de biópsia, viria a confirmar-se hiperinfestação por Sarcoptes scabiei pelo que foi realizado ciclo de tratamento com ivermectina com resolução completa das lesões. A propósito deste caso clínico, os autores revêm aspectos clínicos e o tratamento da sarna crostosa.

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Publicado
2018-01-26
Como Citar
Trigo, D., Pina, A., Lopes, M. J., Pacheco, P., Soares de Almeida, L., & Borges da Costa, J. (2018). Sarna Crostosa em Doente com Infecção VIH. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 75(4), 407-412. https://doi.org/10.29021/spdv.75.4.760
Secção
Casos Clínicos