Paracoccidioidomicose com Acometimento Ganglionar e Mucoso - Relato de Caso

  • Caroline Medeiros Prohmann Médica Residente em Dermatologia pela Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), São Paulo, Brasil
  • Camila de Araújo Dantas Médica Residente em Dermatologia pela Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), São Paulo, Brasil
  • Lorena Barcelos e Silva Médica Residente em Dermatologia pela Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), São Paulo, Brasil
  • Rafael Figueiredo Gatti Médico Residente em Dermatologia pela Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), São Paulo, Brasil
  • Thalita Marçal Machado Médica Residente em Dermatologia pela Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP), São Paulo, Brasil
  • João Roberto Antônio Sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Chefe do Ambulatório de Dermatologia e Professor Emérito da Faculdade Estadual de São José do Rio Preto (FAMERP).
Palavras-chave: Paracoccidioidomicose, Estomatite

Resumo

A paracoccidioidomicose (também conhecida como doença de Lutz, doença de Lutz-Splendore-Almeida, blastomicose Brasileira ou blastomicose Sul Americana) foi inicialmente descrita por Lutz há quase um século. Trata-se de uma infecção fúngica sistémica, que pode apresentar-se sob duas formas clínicas: aguda/subaguda ou crónica. As lesões orais da paracoccidioidomicose são tipicamente caracterizadas por hiperplasia gengival eritematosa e finamente granular, com petéquias. Além disso, observam-se úlceras superficiais com micro granulações e ponteados hemorrágicos, que podem envolver lábios, mucosa jugal, palato, pilares amigdalianos e língua. A superfície é semelhante à amora sendo por isso denominada de “estomatite moriforme”. Apesar de comuns, essas lesões são subdiagnosticadas e o reconhecimento tardio desta patologia pode levar à rápida progressão do quadro clínico, por vezes com desfecho fatal. Relatamos o caso de um paciente jovem com adenopatias generalizadas, estomatite moriforme e sintomas constitucionais (febre, perda de peso). Destaca-se a importância do dermatologista na identificação precoce das lesões cutaneomucosas típicas da paracoccidioidomicose e no estabelecimento de um diagnóstico preciso.

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Publicado
2018-01-22
Como Citar
Medeiros Prohmann, C., de Araújo Dantas, C., Barcelos e Silva, L., Figueiredo Gatti, R., Marçal Machado, T., & Antônio, J. R. (2018). Paracoccidioidomicose com Acometimento Ganglionar e Mucoso - Relato de Caso. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 75(3), 283-287. https://doi.org/10.29021/spdv.75.3.818
Secção
Casos Clínicos