Poroqueratose Múltipla Digitada Pós-Irradiação: Caso Clínico

  • Rui Tavares Bello Dermatology Unit, Hospital dos Lusíadas, Lisbon, Portugal
  • Pedro Ponte Dermatology Unit, Hospital dos Lusíadas, Lisbon, Portugal
  • Esmeralda Vale Dermatopathology, Private Practice, Lisbon, Portugal
Palavras-chave: Carcinoma Ductal da Mama/radioterapia, Queratoses, Poroqueratose/etiologia, Radioisótopos de Cobalto/ efeitos adversos, Radioterapia/efeitos adversos

Resumo

Um espectro de dermatoses de natureza variada – inflamatória, pré-neoplásica ou neoplásica – foi relatado como sequelas tardias de terapia de radiação. A poroqueratose múltipla digitada pós-irradiação (PMDPI), embora raramente reportada, emergiu como uma variante distinta entre as poroqueratoses. É relatado um caso de doente Caucasiana, de 47 anos de idade, que desenvolveu múltiplas pápulas filiformes, espiculadas, sobretudo na área peitoral direita, 12 meses após ter sido submetida a cobaltoterapia por carcinoma ductal infiltrativo da mama direita. As lesões, maioritariamente confinadas ao campo irradiado, evidenciavam ao exame histopatológico lamelas córneas sobre uma epiderme algo atrófica, privada de camada granulosa. A PMDPI é um subtipo peculiar, raro, de padrão de reacção cutânea poroqueratósica que suscita ponderação diagnóstica diferencial histopatológica com variadas dermatoses afins, incluídas no grupo heterogéneo das hiperqueratoses múltiplas digitadas. O caso é iconograficamente ilustrado e a literatura relevante é discutida.

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Publicado
2018-01-22
Como Citar
Tavares Bello, R., Ponte, P., & Vale, E. (2018). Poroqueratose Múltipla Digitada Pós-Irradiação: Caso Clínico. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 75(3), 305-308. https://doi.org/10.29021/spdv.75.3.823
Secção
Casos Clínicos