Imiquimod como Tratamento Neoadjuvante Antes da Cirurgia na Doença de Paget Extramamária

M. Costa e Silva; M. A. Costa; J. S. Costa; F. Azevedo; Carmen Lisboa

doi:10.29021/spdv.76.2.901

M. Costa e Silva Interno do Internato Complementar de Dermatologia e Venereologia/Resident, Dermatology and Venereology, Centro Hospitalar São João, EPE, Porto, Portugal
M. A. Costa Professora Doutora, Especialista em Ginecologia e Obstetrícia/ Professor, Consultant of Gynecology, Centro Hospitalar São João, EPE, Porto, Portugal; Departamento da Mulher e da Criança, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal
J. S. Costa Especialista em Cirurgia Plástica/ Consultant of Plastic Surgery, Centro Hospitalar São João, EPE, Porto, Portugal
F. Azevedo Diretora do Serviço de Dermatologia e Venereologia/Head of the Dermatology and Venereology Department, Centro Hospitalar São João, EPE, Porto, Portugal
Carmen Lisboa Professora Doutora, Especialista em Dermatologia e Venereologia/Professor, Consultant of Dermatology and Venereology, Centro Hospitalar São João, EPE, Porto, Portugal; Serviço de Microbiologia, Faculdade de Medicina do Porto, Porto, Portugal

DOI: https://doi.org/10.29021/spdv.76.2.901

Palavras-chave: Doença de Paget Extramamária/tratamento, Imiquimod, Neoplasias da Vulva/tratamento, Terapia Neoadjuvante

Resumo

A doença de Paget extramamária (DPEM) é uma neoplasia maligna cutânea, rara, observada principalmente em mulheres caucasianas pós-menopausa. A cirurgia é o tratamento mais comum. No entanto, no que diz respeito à DPEM vulvar, o seu tratamento cirúrgico passa frequentemente por cirurgia radical, que pode ser mutilante e levar à perda de feminilidade. Recentes avanços terapêuticos têm incluído abordagem médica e multimodal médico-cirúrgico, permitindo uma maior preservação da anatomia genital e subsequente diminuição da morbilidade. Neste sentido, imiquimod tem sido utilizado, off-label, como monoterapia ou terapêutica adjuvante na DPEM.

Relatamos o caso de uma mulher com DPEM extenso na área anogenital submetida a resseção cirúrgica complementada com reconstrução plástica e precedida de tratamento médico com imiquimod. O imiquimod neoadjuvante permitiu uma citorredução significativa da área tumoral, minimizando a radicalidade cirúrgica, mantendo a função local e a morfologia.

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