Necrólise Epidérmica Tóxica Induzida pelo Vemurafenib: Um Efeito Adverso Emergente

  • Ana Filipe Monteiro Interna do Internato de Formação Específica de Dermatovenereologia, Hospital de Santarém EPE, Santarém, Portugal
  • Margarida Rato Interna do Internato de Formação Específica de Dermatovenereologia, Hospital de Santarém EPE, Santarém, Portugal
  • César Martins Assistente Hospitalar Graduado de Dermatovenereologia, Hospital de Santarém EPE, Santarém, Portugal
Palavras-chave: Antineoplásicos/efeitos adversos, Melanoma/tratamento, Síndrome de Stevens-Johnson/etiologia, Vemurafenib

Resumo

O vemurafenib, um inibidor seletivo da mutação BRAF V600, está aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) e European Medicines Agency (EMA) para o tratamento de melanoma metastático em estadio IV isoladamente ou em combinação. De entre os efeitos adversos, a toxicidade cutânea é a mais comum. A maior parte destas reações, como o eritema, a fotossensibilidade e as lesões hiperqueratósicas, são facilmente controladas podendo a maioria dos doentes continuar terapêutica. Contudo, têm sido descritos alguns casos de reações cutâneas graves com risco de vida e necessidade de suspensão terapêutica. Os autores reportam um caso de necrólise epidérmica tóxica induzida pelo vemurafenib num doente a efetuar tratamento para melanoma metastizado. Após várias complicações hospitalares, o doente sobreviveu à reação provocada pelo fármaco e encontra-se em remissão há 2 anos.

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Biografia Autor

Ana Filipe Monteiro, Interna do Internato de Formação Específica de Dermatovenereologia, Hospital de Santarém EPE, Santarém, Portugal

Mestrado Integrado em Medicina pela Faculdade de Medicina na Universidade de Coimbra

Medica Interna de Formação Específica de Dermatovenerologia no Hospital Distrital de Santarém

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Publicado
2018-10-05
Como Citar
Monteiro, A. F., Rato, M., & Martins, C. (2018). Necrólise Epidérmica Tóxica Induzida pelo Vemurafenib: Um Efeito Adverso Emergente. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 76(3), 329-332. https://doi.org/10.29021/spdv.76.3.926
Secção
Casos Clínicos