MASTOCITOSE CUTÂNEA NA INFÂNCIA – ESTUDO RETROSPETIVO DE 32 DOENTES

  • Vasco Coelho Macias Interno do Internato Complementar de Dermatologia e Venereologia/ Resident, Dermatology and Venereology; Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral, Lisboa, Portugal
  • Cristina Amaro Assistente Hospitalar de Dermatologia e Venereologia/ Consultant, Dermatology and Venereology; Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral, Lisboa, Portugal
  • Isabel Freitas Assistente Hospitalar de Dermatologia e Venereologia/ Consultant, Dermatology and Venereology; Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral, Lisboa, Portugal
  • Raquel Vieira Assistente Hospitalar de Dermatologia e Venereologia/ Consultant, Dermatology and Venereology; Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral, Lisboa, Portugal
  • Jorge Cardoso Chefe de Serviço, Diretor do Serviço de Dermatologia e Venereologia/ Consultant Chief, Head of Department of Dermatology and Venereology Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Curry Cabral, Lisboa, Portugal

Resumo

Introdução: A designação de mastocitose engloba várias entidades clinicamente distintas caracterizadas pela acumulação tissular de mastócitos. A pele é o órgão mais frequentemente envolvido. Consideram-se 4 padrões clínicos de mastocitose cutânea: urticária pigmentosa (UP), mastocitose cutânea difusa, mastocitoma e telangiec- tasia macularis eruptiva perstans. Na infância, a doença é habitualmente autolimitada e exclusivamente cutânea. Material e Métodos: Apresenta-se um estudo retrospetivo dos doentes com mastocitose cutânea observados na Con- sulta de Dermatologia Pediátrica do Hospital de Curry Cabral entre 2001 e 2010. Resultados: Foram englobados 32 doentes (20 do sexo masculino e 12 do sexo feminino). Em 90.6% dos casos, as manifestações surgiram antes dos 2 anos. Apenas foram observadas UP (53,1%) e mastocitomas (46,9%). O tronco e a raíz dos membros foram as locali- zações preferenciais. O sinal de Darier estava presente em 87,5% dos casos (94,1% das UP e 80% dos mastocitomas). As manifestações associadas foram: prurido (40,6%), formação de bolha (28,1%), flushing (18,8%) e dermografismo (12,5%). Não foram documentados casos de mastocitose sistémica. Dois doentes tinham história familiar de mas- tocitose cutânea. Não foram detetadas alterações laboratoriais significativas. Nos 16 casos determinados, os níveis séricos de Triptase-alfa foram normais. Discussão: Estes resultados estão de acordo com a literatura, nomeadamente em relação às formas clínicas mais frequentes, localizações habituais, elevada frequência do sinal de Darier e idade precoce de início. Quando determinados, os níveis séricos de Triptase-alfa foram normais, o que está de acordo com a ausência de envolvimento sistémico. A maior prevalência no sexo masculino tem sido relatada em alguns estudos.

PALAVRAS-CHAVE – Mastocitose cutânea; Criança. 

Downloads

Não há dados estatísticos.
Publicado
2013-04-20
Como Citar
Macias, V. C., Amaro, C., Freitas, I., Vieira, R., & Cardoso, J. (2013). MASTOCITOSE CUTÂNEA NA INFÂNCIA – ESTUDO RETROSPETIVO DE 32 DOENTES. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 70(4), 459-463. https://doi.org/10.29021/spdv.70.4.99
Secção
Artigos Originais