DEZ ANOS DE CIRURGIA DE AMBULATÓRIO EM DERMATOLOGIA NO HOSPITAL DE BRAGA

  • Catarina Araújo Interna do Internato Complementar de Dermatologia e Venereologia/Resident, Dermatology and Venereology, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Braga, Braga, Portugal
  • Cristina Macedo Assistente Hospitalar de Dermatologia e Venereologia/Consultant, Dermatology and Venereology, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Braga, Braga, Portugal
  • Cristina Resende Interna do Internato Complementar de Dermatologia e Venereologia/Resident, Dermatology and Venereology, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Braga, Braga, Portugal
  • A. Fernando Pardal Director clínico, Director do Serviço de Anatomia Patológica/Consultant Chief, Head of Department of Pathological Anatomy, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Braga, Braga, Portugal
  • Celeste Brito Chefe de Serviço, Directora do Serviço de Dermatologia e Venereologia/Consultant Chief, Head of Department of Dermatology and Venereology; Serviço de Dermatologia e Venereologia, Hospital de Braga, Braga, Portugal
Palavras-chave: Neoplasias da pele, Procedimentos cirúrgicos ambulatórios, Procedimentos cirúrgicos dermatológicos, Terapêutica Laser

Resumo

Introdução: A Cirurgia Ambulatória ocupa uma posição de destaque na cirurgia programada, incluindo na Dermatologia, especialidade médico-cirúrgica de ambulatório por excelência. No Hospital de Braga foi o primeiro serviço a realizar Cirurgia de Ambulatório.

Métodos: Efectuou-se um estudo retrospetivo dos doentes com patologia dermatológica submetidos a tratamento cirúrgico/laser em Cirurgia Ambulatória entre Janeiro 2002 e Dezembro 2011. Foram analisados as características epidemiológicas e clinico-cirúrgicas.

Resultados: Foram realizadas 1494 intervenções, com crescimento exponencial desde 2009 (N=641). Mais de 40% aplicaram-se a patologias malignas (95 melanomas; 366 carcinomas basocelulares; 141 carcinomas espinocelulares; um dermatofibrosarcoma; um fibroxantoma atípico e um linfoma cutâneo). Relativamente ao melanoma, o género feminino foi o mais afetado (74,7%) e a maioria ocorreu nos membros inferiores (39.4%). Nos casos de cancro cutâneo não-melanoma, 60,6% eram do sexo feminino e a maioria ocorreu na face (83,4%).

Conclusão: O conhecimento epidemiológico dos tumores cutâneos torna necessário renovar o conceito de Cirurgia Ambulatória na gestão dos serviços de Dermatologia para assegurar uma capacidade de resposta eficiente, segura e em tempo útil.

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Referências

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Publicado
2014-09-19
Como Citar
Araújo, C., Macedo, C., Resende, C., Pardal, A. F., & Brito, C. (2014). DEZ ANOS DE CIRURGIA DE AMBULATÓRIO EM DERMATOLOGIA NO HOSPITAL DE BRAGA. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 72(2), 195-200. https://doi.org/10.29021/spdv.72.2.255
Secção
Artigos Originais