LESÕES ANULARES NO ESCROTO

  • Leonor Ramos Interna de Dermatologia e Venereologia/Resident, Dermatology and Venereology, Serviço de Dermatologia e Venereologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra – HUC
  • Ana Brinca Assistente Hospitalar de Dermatologia e Venereologia/Consultant, Dermatology and Venereology, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra - HUC
  • Margarida Gonçalo Assistente Graduado Sénior, Chefe de Serviço, de Dermatologia e Venereologia/Consultant Chief of Dermatology and Venereology; Assistente Convidado/Invinted Professor, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra
  • Hugo Oliveira Assistente Hospitalar Graduado de Dermatologia e Venereologia/Graduated Consultant, Dermatology and Venereology, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra - HUC
  • J. Reis Assistente Hospitalar Graduado de Dermatologia e Venereologia/Graduated Consultant, Dermatology and Venereology, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra - HUC
  • Américo Figueiredo Assistente Graduado Sénior, Director de Serviço, Professor Associado com Graduação/Consultant Chief of Dermatology and Venereology, Head of the Dermatology Department, Professor of Dermatology and Venereology, Coimbra University
Palavras-chave: Escroto, Granuloma anular

Resumo

Um doente seropositivo para o VIH1 é observado com lesões múltiplas eritemato-violáceas com bordo elevado, confluentes, localizadas ao escroto. No corpo do pénis estavam presentes placas eritematosas ovaladas isoladas, com superfície não descamativa. As lesões evoluíam desde há 2 semanas e eram assintomáticas, sendo sugestivas de granuloma annulare. Concomitantemente haviam surgido lesões eritematosas maculosas ovaladas discretas, dispersas pelo tronco e membros superiores. Foi realizada biopsia cutânea de uma lesão escrotal que revelou infiltrado liquenóide de células mononucleadas, rico em plasmócitos. O sífilis screening foi positivo e RPR reactivo com título 1:256. Foi estabelecido o diagnóstico de sífilis secundária e o doente foi medicado com 3 injecções intramusculares de penicilina benzatínica (2.4 MU 1x/semana).

Nos doentes com co-infecção pelo VIH, a clínica da sífilis poderá ser mais exuberante e com apresentações clínicas atípicas. A sífilis, sendo “a grande imitadora”, deve ser um diagnóstico a considerar mesmo perante manifestações clínicas que evoquem outras entidades.

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Referências

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Zetola N, Klausner JD. Syphilis and HIV infection: An Update. Clin Infect Dis. 2007; 44:1222-8.

Publicado
2015-06-06
Como Citar
Ramos, L., Brinca, A., Gonçalo, M., Oliveira, H., Reis, J., & Figueiredo, A. (2015). LESÕES ANULARES NO ESCROTO. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 73(1), 155-158. https://doi.org/10.29021/spdv.73.1.359
Secção
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