MORFEIA ZOSTERIFORME

  • André Laureano Interno do Internato Complementar de Dermatologia e Venereologia/Resident, Dermatology and Venereology, Serviço de Dermatologia, Hospital de Curry Cabral – Centro Hospitalar de Lisboa Central, Portugal
  • Gabriela Marques Pinto Assistente Hospitalar Graduada de Dermatologia e Venereologia/Graduated Consultant, Dermatology and Venereology, Serviço de Dermatologia, Hospital de Curry Cabral – Centro Hospitalar de Lisboa Central, Portugal
  • Jorge Cardoso Chefe de Serviço de Dermatologia e Venereologia, Director do Serviço/Chief and Head of Dermatology Department, Serviço de Dermatologia, Hospital de Curry Cabral – Centro Hospitalar de Lisboa Central, Portugal
Palavras-chave: Esclerodermia localizada, Morfeia zosteriforme, Terapia PUVA

Resumo

Encontram-se descritas várias dermatoses com padrão de distribuição zosteriforme. A morfeia zosteriforme constitui, pela sua raridade, uma forma de apresentação clínica excepcional. Os autores descrevem o caso de uma doente do sexo feminino, de 26 anos, caucasóide, observada em consulta de Dermatologia por dermatose com 1 ano de evolução, assintomática, unilateral e assimétrica, localizada ao flanco e dorso esquerdos, composta por placas hiperpigmentadas eritemato-acastanhadas, enduradas, bem delimitadas, sem acentuação do eritema no bordo, com distribuição zosteriforme, metamérica. O exame histopatológico evidenciou atrofia ligeira da epiderme, fibrose com homogeneização da derme e perda de estruturas anexiais. Estas manifestações clínicas e histológicas foram compatíveis com o diagnóstico de morfeia zosteriforme. Iniciou-te terapêutica com PUVA tópico, tendo sido efectuado um total de 10 sessões com uma dose cumulativa de UVA de 16 J/cm2, com marcada atenuação da infiltração das placas, mantida após um ano.

Os escassos casos de morfeia zosteriforme associam-se, maioritariamente, a infecções prévias por herpes zoster, envolvendo o mesmo dermátomo, constituindo então uma das possíveis apresentações da resposta isotópica de Wolf. O que distingue este caso, ilustrativo da rara apresentação de morfeia com padrão zosteriforme, embora sem documentação desta infecção viral prévia.

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Publicado
2014-07-17
Como Citar
Laureano, A., Pinto, G. M., & Cardoso, J. (2014). MORFEIA ZOSTERIFORME. Revista Da Sociedade Portuguesa De Dermatologia E Venereologia, 72(1), 135-137. https://doi.org/10.29021/spdv.72.1.236
Secção
Casos Clínicos